Brasil retoma produção de insulina e pode atender 1,9 milhão de pacientes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na sexta-feira (26) da cerimônia de inauguração da planta de produção de insulina da Biomm, em Nova Lima, Minas Gerais. A oportunidade marca a retomada da produção do hormônio no país por uma empresa nacional depois de duas décadas e tem potencial para atender 1,9 milhão de pacientes. Com investimento de R$ 800 milhões, a fábrica tem capacidade para suprir a demanda nacional de insulina e favorecer o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento.

O Brasil é um dos países com maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF). A iniciativa é parte da nova estratégia para orientar a produção e a inovação nacional em saúde para atender ao Sistema Único de Saúde (SUS) e para cuidar das pessoas, gerando emprego, renda e investimento no Brasil.

A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de carpules (refis) de insulina glargina por ano – e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade, de 12 mil metros quadrados de área construída, gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos, num benefício para mais de seis mil pessoas.

Postado em 28 de abril de 2024

Mega-Sena deste sábado (27/4) acumula e prêmio chega a R$ 6,5 milhões

Sorteios Loterias Caixa – (crédito: Divulgação/Loterias Caixa)

A Mega-Sena deste sábado (27/4) não teve vencedores e prêmio acumulado chega a R$ 6,5 milhões. Próximo sorteio acontece na terça-feira (30/4) às 20h.
Sem apostas com seis acertos, a loteria teve 21 apostas ganhadoras na quina, que faturaram R$ 88.273,53, e 1.731 ganhadores que acertaram quatro dezenas, que faturaram R$ 1.529,87 cada um. 
Ainda neste sábado, foram sorteadas mais cinco loterias. Quina, +Milionária, Timemania e Dia de Sorte também acumularam. Já a Lotofácil, com prêmio previsto em R$ 4,5 milhões, teve sete ganhadores. 

 
Fonte: Correio Braziliense
Postado em 28 de abril de 2024

Problemas estruturais das rodovias brasileiras atrapalham vida dos brasileiros

Rodovias brasileiras acumulam problemas – (crédito: Minervino Júnior/CB)

As rodovias brasileiras que interligam os quatro cantos do país enfrentam uma situação delicada. Segundo a Pesquisa CNT (Confederação Nacional do Transporte) de Rodovias de 2023, dos 111.502 quilômetros analisados no país, apenas 32,5% estão em ótimo ou bom estado.
O dado representa 36.312 quilômetros de estradas. De acordo com o levantamento, os outros 67,5% estão em estado regular, ruim ou péssimo. O cenário se entrelaça a uma série de consequências perigosas que colocam em risco a vida e integridade de quem transita país adentro.
A maior parte da malha viária brasileira se encontra em estado regular, 41,37%, o que corresponde a 46.124 quilômetros. Essa extensão apresenta problemas estruturais e de manutenção na malha viária.
Em um recorte regional, o Norte brasileiro é a região com maior número de rodovias federais em más condições. A análise, feita em 13.729 quilômetros de estradas que cruzam o local, classificou 15,7% (2.159 quilômetros) em situação péssima. O Centro-Oeste possui 14,3% de suas estradas em condições degradantes.
Para o caminhoneiro autônomo José Henrique Garcia de Moraes, 60 anos, as estradas que cortam o Centro-Oeste brasileiro não estão em suas melhores condições.
“Há muitas rodovias no Distrito Federal em estado ruim. Algumas de Goiás estão boas, como a que vai para Alto Paraíso. Em Minas Gerais, tem muitas estradas precárias. Já em Mato Grosso, as estradas são boas, mas são muito estreitas e não têm acostamento”, afirmou.
Os problemas influenciam até no estado dos caminhões ao transitarem nas estradas.
“Tem muitas estradas estreitas, com desnível, que causam risco de tombamento. Desloca pneu do caminhão, acaba com a suspensão e o freio de mola. A gente toma cuidado, mas ainda provoca acidentes”, conta José Henrique.
No ramo de transportes de cargas há mais de 20 anos, o caminhoneiro percorreu a maioria das rodovias brasileiras. Na avaliação dele, o problema vem desde a raiz, no processo de construção.
“Existem diversos fatores que deixam a rodovia perigosa. A falta de manutenção, falta de acostamento, trepidação, buracos. Isso tudo por causa da construção que foi malfeita”, destacou.
Nos últimos anos, ele escolheu percorrer apenas as estradas de São Paulo, que, na sua opinião, são as melhores. Com seu conhecimento, o autônomo analisa que o pedágio é uma opção para a melhoria da extensão viária brasileira.
“As rodovias pedagiadas muitas vezes ficam a desejar, mas, mesmo assim, ainda são melhores do que as pistas normais. Existem algumas boas, como a BR-050 (Brasília – Santos), mas há outras que não são tão boas, como a BR-040 (Brasília – Rio de Janeiro)”.
O carreteiro autônomo Kleiber Vieira Gomes, 50, roda pelas estradas do Norte e Nordeste há mais de 15 anos. Ele relata situações parecidas: rodovias com falta de conservação.
“Rodo mais pela BR-230, também conhecida como Transamazônica, BR-222 (Ceará – Piauí – Maranhão) e, a principal, BR-135 (Meio Norte- Belo Horizonte), e elas são de estado precário. Asfalto estreito, sem acostamento, animais soltos na pista”, relata Kleiber.
Os prejuízos com a carreta são enormes e a insegurança nas estradas é um ponto de atenção. “Sempre há prejuízos com o caminhão. Tudo estraga precocemente devido à quantidade de buracos, asfalto remendado. Todo dia eu vejo casos de caminhões que caíram no mato por causa dos buracos, caminhão que colidiu com outro por causa dos buracos, caminhão que tombou”, aponta.
Na visão do advogado especialista em infraestrutura Antônio Henrique Monteiro, existem inúmeros fatores que contribuem para os problemas viários brasileiros. “Historicamente, o investimento na infraestrutura rodoviária do Brasil tem sido insuficiente para acompanhar o crescimento da demanda e para manter as estradas em bom estado de conservação. A falta de recursos financeiros destinados à infraestrutura rodoviária limita os esforços de manutenção e expansão”, analisa o especialista.
O intenso tráfego de veículos pesados e a falta de manutenção adequada, quando se juntam a má gestão, falta de planejamento integrado e falta de fiscalização contribuem para o agravamento da situação. “A combinação desses fatores tem contribuído para a precariedade da malha rodoviária brasileira, o que impacta negativamente a segurança, a eficiência e o desenvolvimento econômico do país”, acrescenta Monteiro.
Mudanças climáticas
O aumento das condições climáticas, especialmente as chuvas, é outro fator que contribui para o estado crítico das estradas. Nos últimos meses, inúmeros casos de vias com condições precárias e com falta de sinalização derivadas das fortes chuvas foram notificados em toda a extensão do território brasileiro.
“Essas chuvas intensas podem agravar os problemas existentes na malha rodoviária de várias maneiras, como a erosão do solo, inundação de vias, formação de buracos e crateras, danos à sinalização”, complementa o especialista.
“Solucionar esses problemas requer um esforço conjunto que envolve investimentos adequados, transparência na gestão dos recursos, planejamento integrado e medidas eficazes de fiscalização e controle”, analisa Monteiro.
* Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

Fonte: Correio Braziliense
Postado em 28 de abril de 2024

Corpo de Anderson Leonardo será velado neste domingo no Rio

O velório do cantor e compositor Anderson Leonardo, do Grupo Molejo, será neste domingo (28), das 10h às 15h30, na capela 9, do Cemitério Parque Jardim da Saudade, no bairro da Sulacap, zona oeste do Rio de Janeiro.

O enterro será logo em seguida. O vocalista morreu na sexta-feira (26), aos 51 anos, em decorrência de um câncer inguinal, na região da virilha, diagnosticado em 2022.

O artista era dono de umas das vozes mais conhecidas e animadas do pagode, principalmente na década de 90. O timbre se misturava com risadas que acompanhavam o cantor em apresentações e entrevistas. Fez sucesso com músicas como Cilada, Brincadeira de Criança e Dança da Vassoura.

Em 2016, para celebrar os mais de 30 anos de carreira, o grupo lançou o álbum Molejo Club, apostando na modernização de suas músicas, ao mesmo tempo em que mantinha o repertório clássico de alto-astral.

Edição: Maria Claudia

Agência Brasil

Postado em 28 de abril de 2024

PF prende mulher suspeita de ajudar em fuga de presídio federal

A Polícia Federal (PF) prendeu uma mulher suspeita de ajudar dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró – Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento – após a fuga em 14 de fevereiro. A mulher foi detida preventivamente ontem (26), na cidade de Aquiraz, no Ceará. Os fugitivos foram recapturados em Marabá (PA).

A prisão da mulher é desdobramento de operação policial realizada em 22 de fevereiro deste ano, quando a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FiCCO) do Ceará apreendeu 24 kg de maconha, uma pistola e munições em uma residência do município cearense.

Segundo a polícia, havia a suspeita de que os fugitivos pudessem estar no local. Durante as investigações, a partir dos objetos apreendidos, foi confirmada a participação efetiva da mulher em grupo criminoso.

“Com a análise dos materiais apreendidos na residência, verificamos que, de fato, existia uma associação criminosa dedicada ao tráfico em Aquiraz e região circunvizinha”, informou a PF.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram recapturados no dia 4 de abril. Os detentos, que escaparam do presídio de segurança máxima, foram encontrados em Marabá (PA), a cerca de 1.600 km de Mossoró, após 50 dias de buscas. Foi a primeira fuga de um presídio de segurança máxima do país.

Os fugitivos foram presos com mais quatro pessoas. Também foram apreendidos um fuzil e aparelhos celulares. Criminosos das mesmas facções de Mendonça e Nascimento ajudaram durante o período de 50 dias em que os detentos permaneceram em fuga.

Edição: Maria Claudia

Agência Brasil

Postado em 28 de abril de 2024

Arthur Lira defende proposta para limitar ações no Supremo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer “subir o sarrafo” de quem pode propor ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal, inclusive contra decisões do parlamento. “Temos parlamentares que têm coragem de enfrentar esse tema”, assegurou.

As falas de Lira são de discurso feito, na manhã deste sábado (27), na abertura da 89ª ExpoZebu em Uberaba (MG), organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). A mudança nas ADI exigiria aprovação de emenda constitucional, com aprovação de três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49), em dois turnos em cada casa parlamentar.

As ações diretas de inconstitucionalidade estão previstas na Constituição Federal (artigos 102 e 103). Conforme a norma, podem pedir ADI o presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos Deputados; mesas de assembleias legislativas ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; governadores de estado ou do Distrito Federal; o procurador-geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partidos políticos com representação no Congresso Nacional; e confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.

“O que é que adianta um projeto com 400 votos no plenário da Câmara e um parlamentar entra com a ADI e um ministro [do STF] dá uma liminar?”, indagou o presidente da Câmara se referindo à suspensão de decisões tomadas no Congresso. Segundo ele, o STF recebe essas demandas “todos os dias de todos os setores” e as “discussões [jurídicas] nunca findam.”

O presidente da Câmara prometeu até o final do seu mandato, em janeiro de 2025, discutir nova legislação sobre desmatamento ilegal e exploração de minério ilegal no país. “Nós sabemos que existe e fechamos os olhos para não tratar de uma legislação. E quem paga a conta lá fora é o produtor rural indevidamente.”

Reforma tributária
Lira prevê no seu mandato votar a regulamentação da reforma tributária. A tramitação na Câmara dos Deputados não terá relator único. “Nós vamos fazer grupos de trabalho com deputados que não tenham interesses nas áreas que vão ser tratadas para que a gente faça um enxugamento nos 500 artigos”.

Dos 513 deputados, 324 pertencem à Frente Parlamentar da Agropecuária, com membros da base do governo e da oposição. Arthur Lira prometeu que o agronegócio, assim como saúde e educação, terá tratamento “diferenciado” na regulamentação da nova legislação dos tributos.

Diante da plateia ruralista, o presidente da Câmara ainda criticou as manifestações ocorridas no Abril Vermelho, campanha tradicional pró reforma agrária que esse ano promoveu 24 ocupações em 11 estados. “Essa confusão de Abril Vermelho, a gente tem que desestimular que isso aconteça no Brasil. A segurança jurídica no campo é a única coisa que o produtor precisa para produzir, seja na pecuária, seja na agricultura.”

Edição: Sabrina Craide

Agência Brasil

Postado em 28 de abril de 2024

Styvenson defende castração química para estupradores

Senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) apresentou proposta de tratamento químico hormonal/ Foto: Pedro França-Agência Senado

A proposta do senador Styvenson Valentim (PODE-RN) para dispor no ordenamento jurídico brasileiro a “castração química” voluntária de reincidentes que cometeram crimes contra a liberdade sexual, passou por aperfeiçoamento na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, com a incorporação de oito emendas pelo relator, senador Ângelo Colonel (PSD-BA).


O projeto de lei 3.217/2019 foi incluído na pauta de votação da CCJ no dia 19, mas na reunião da quarta-feira (24) a deliberação da matéria foi adianta, nem consta da agenda da reunião desta terça (30), quando entra em discussão o projeto de recriação do DPVAT.


Styvenson Valentim comemorou pelo parecer favorável, declarando que como não há prisão perpétua no Brasil, “não é algo que vai virar a vida toda”, mas vai deixar o criminoso que comete estupro, por exemplo, “o suficiente para ficar sem cometer nenhum tipo de dano à sociedade”.


Para Valentim, a nova legislação penal vai dar ao criminoso a opção da cadeia corrigir, mas “se a cadeia não corrigir, passa-se para outra metodologia, que é justamente a introdução de hormônio para diminuir o libido”.


Dentre as alterações feitas ao texto original do senador Styvenson Valentim, o relator, que opinou pela “regimentalidade, juridicidade e constitucionalidade do projeto”, propõe nova redação à ementa do PL, suprimindo os termos “castração química voluntária” para dispor sobre “tratamento químico hormonal” para condenados reincidentes em crime contra liberdade sexual.


Outra emenda trata da supressão dos termos “intervenção cirúrgica de efeitos permanentes voltados para a contenção da libido e da atividade sexual” de condenados reincidentes, no artigo 1º, deixando apenas os termos “tratamento químico hormonal”.


O relatório do senador Ângelo Colonel modificou, ainda, o parágrafo único do artigo 2º, retirando “uma vez aceito o tratamento, será concedido ao condenado o livramento condicional, que não poderá ser inferior ao prazo indicado para tratamento”.


Em substituição entra: “Na concessão do livramento condicional nas condições especificadas na lei, a cerimônia do livramento condicional, previst a no artigo 137 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, será realizada em sala reservada com a presença exclusiva das autoridades essenciais ao ato, a fim de ser resguardada a liberdade do liberado”.


Ângelo Colonel excluiu o artigo 3º, que dizia: “O condenado que voluntariamente se submeter a intervenção cirúrgica de efeitos permanentes, não se submeterá ao tratamento químico e, poderá, a critério do juiz, ter extinta imediatamente a sua punibilidade”.


Colonel também mudou o artigo 5º, o qual previa que o tratamento químico começaria ao menos uma semana antes do início do livramento condicional, observado o prazo indicado por uma Comissão Técnica de Classificação.


Agora, o texto passa a ser o seguinte: “O início do livramento condicional ficará condicionado à confirmação do início dos efeitos mínimos esperados” pela Comissão de Classificação, “a qual também indicará a duração do tratamento químico hormonal”.


O relator aditou artigos ao PL original, aumentando em um ano as penas mínimas previstas em três artigos do Código Penal.


No artigo 213, que era de seis e passou de sete a 10 anos de reclusão para o criminoso que “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”.


Já o artigo 215 que previa reclusão mínima de dois anos, passa a ser de três para seis anos quem tiver “conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima”.


O artigo 217-A que estabelece pena de nove a 15 anos de reclusão no caso do criminoso “Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos”, a pena minima a vigorar sera de nove anos.

No Brasil são dois estupros por minuto

O relator Ãngelo Colonel informou, ainda, que “a fim de trazer um contexto fático que indique a necessidade de mudança da abordagem do Estado brasileiro neste cenário da violência sexual”, anexou dados sobre estudo do IPEA publicado em maio de 2023, que traz, dentre outros dados, números assustadores sobre a prática de estupro no Brasil, tendo como referência o ano de 2019.


Segundo o estudo do IPEA, a cada ano acontecem cerca de 822 mil estupros no país, dois casos por minuto, enquanto 69,9% são crianças ou adolescentes e em 40% dos casos a vítima é criança, o agressor pertence ao círculo familiar próximo da vítima – pai, padrasto, tio, avô.


O estudo apontou ainda que há uma estimativa de que cerca de 6% das pessoas maiores de 18 anos já tenham sofrido algum tipo de violência sexual. Os registros policiais dos crimes sexuais podem ser de apenas 8,5% dos casos e nos sistemas de saúde esses registros seria de apenas 4,2%. Essa subnotificação indica que os casos no Brasil possam chegar a dois milhões por ano. (Texto para Discussão IPEA: Elucidando a Prevalência de Estupro no Brasil a partir de Diferentes Bases de Dados, Publicado em Maio de 2023).


“Não pretendemos discutir esses números como única razão para a proposição em análise. Os dados, contudo, são um alerta máximo, pois nos sinalizam que o atual modelo de punição ou prevenção desse tipo de violência está sendo ineficaz”, destaca o relatório do senador baiano. Ângelo Colonel entende que a proposta “não deixa de trazer impacto na política de execução penal e exige previsão de recursos para a implementação e regular oferecimento do tratamento hormonal como medida alternativa ao cumprimento da pena”.


“Todavia, não vemos isso como empecilho. Toda alteração legislativa em matéria de Direito Criminal traz impactos orçamentários que devem ser absorvidos pelo Estado. Assim foi com a ampliação do chamado Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e mesmo com a Lei Maria da Penha, em razão dos quais, presídios tiveram de ser adaptados em um caso, e no outro os sistemas jurídico/policial de atendimento à mulher tiveram de ser implementados e demandam constante investimento”, diz trecho do relatório da CCJ.
“Importante deixar sempre claro que o tratamento hormonal é uma medida alternativa”, diz.

Para Styvenson PL é uma necessidade

O senador Styvenson Valentim (PODE-RN) defendeu que Não vislumbra uma alternativa penal igualmente eficaz ao tratamento químico. “A pena de morte e a prisão perpétua não são permitidas em nosso sistema jurídico. Portanto, somos forçados a reconhecer que a medida atende ao critério da necessidade”, disse ele.


No entendimento de Valentim, o último critério “parece ser o de maior complexidade de aferição, que trata da proporcionalidade da distribuição dos ônus: de um lado, temos o trauma a que é submetida a vítima que sofre a ação do estuprador ou pedófilo e as consequências sociais disso”.


De outro, justificou Valentim no encaminhamento do PL 3.127/2019, há “o trauma a que é submetido o criminoso condenado com a sua castração e as consequências sociais disso”.


Valentim citou o psicanalista Gastão Ribeiro, criador do projeto Trauma Infantil, que atende crianças carentes que sofrem abusos e maus tratos, pesquisas têm revelado um forte laço entre maus tratos físicos, sexuais e emocionais e o desenvolvimento de problemas psiquiátricos.


“Importante ainda, a nosso ver, levar em consideração a experiência do Ambulatório de Transtornos de Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André/SP. Como citado, o psiquiatra Danilo Baltieri defende que as injeções de hormônios (a castração química propriamente dita) sejam aplicadas como última opção para aqueles que não tiveram melhora com outros tipos de drogas e com psicoterapia”.


Portanto, arguiu Valentim, “é possível que medidas extrapenais tornem dispensável a opção pela castração química, o que pode ser objeto de parecer da Comissão Técnica de Classificação, responsável pelo programa individualizador da pena a partir do momento em que o réu ingressa no sistema penitenciário”.


O relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiçã e Cidadania (CCJ) do Senado da República, Ângelo Colonel (PSD-BA), disse em seu parecer, que “o direito penal é matéria de competência privativa da União e sujeita à plena disposição pelo Poder Legislativo por força dos arts. 22, I e 48, caput da Constituição Federal, nos limites materiais constitucionais, mas esclareceu que “o tema do projeto é polêmico, todavia, não identificamos na proposição vícios de injuridicidade e regimentalidade e nem sobre a constitucionalidade do projeto”.


O relatório, informava Colonel, traz “fundamentos que se somam aos apresentados pelo autor e apontam para a proporcionalidade da medida proposta e denotam o acerto da opção legislativa, ainda que, conforme se concluirá, sejam necessárias adequações”.


De início, Colonel alertou que buscou no direito comparado referências que subsidiem a discussão, como o fato de que o tratamento químico como opção de resposta estatal e ao mesmo tempo de suporte a condenados por crimes sexuais é adotado por vários países, como Estados Unidos da América (EUA), Canadá, Coreia do Sul, Áustria, Rússia, Suécia e Dinamarca e segue sendo considerado como opção em países como Inglaterra, França e Itália: “O PL que analisamos, se inspira na forma como a medida é regulada pelo Criminal Code da Califórnia/EUA.


A estas referências Ângelo Colonel avisou ter adicionado fato inegável de que “os valores sexuais no Brasil passaram por imensa evolução desde a edição do Código Penal em 1940, bem como a mudança no conceito de estupro em 2009, quando o núcleo do crime deixou de exigir a chamada conjunção carnal para sua configuração, bastando a prática de algum ato libidinoso”.


“Parece-nos cada vez mais reprovável que alguém use de violência para satisfação de sua lascívia. Pior ainda se a conduta é reincidente e a vítima da violência sexual é uma criança”, disse.

Tribuna do Norte

Postado em 28 de abril de 2024

Recursos do PEF só poderão recuperar 56% das estradas ruins ou péssimas

Dificuldade de locomoção no Estado foi agravada por interdição de um trecho da BR-304 | Foto: Divulgação

Anunciado pelo Governo do RN como uma das prioridades para 2024, o plano de recuperação de 700 km de estradas não será suficiente para recuperar todas as rodovias estaduais classificadas como ruins ou péssimas pelo próprio governo. Um relatório do Departamento de Estradas e Rodagens obtido pela TRIBUNA DO NORTE mostra que, dos 3.379 km de malha viária estadual, cerca de 1.243 km são classificados como ruins ou péssimos, o que corresponde a 37,11% do total. Tendo como base os números, os cerca de R$ 427 milhões investidos pelo Ggoverno com recursos federais do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) só são suficientes para reformar 56,3% das rodovias em estado ruim ou péssimo.

O relatório de monitoramento interno das rodovias potiguares foi produzido pelo DER, neste mês de abril, a pedido da Controladoria Geral do Estado. Nele, as rodovias estaduais são divididas em sete distritos, com trechos classificados de cinco formas: Ótimo, Bom, Regular, Ruim e Péssimo. Somando-se todos os trechos considerados pela equipe técnica do DER como ruins e péssimos, chega-se ao quantitativo de 1.243 km em más condições. Os distritos de Nova Cruz e Santana do Matos (que incluem as estradas das cidades vizinhas) são os mais afetados, com 49% e 62% da quilometragem ruim e péssima. O relatório aponta ainda que, dos 3,3 mil km da malha viária do RN, 284,4 km estão em condições ótimas, 365 km em estado bom e 1.489km em situação regular. O distrito de Mossoró é o que possui melhores condições, com 205km em estado bom ou ótimo de 615km.

O relatório não detalha o que qualifica a estrada em determinado critério. A Confederação Nacional de Transportes (CNT), por sua vez, aponta que estradas ruins ou péssimas apresentam problemas graves em sua pavimentação, como buracos, fissuras, desgaste acentuado, além de deficiências na sinalização, acostamento precário e falta de manutenção. Essas condições prejudicam a segurança e a fluidez do tráfego, aumentando os riscos de acidentes e impactando negativamente o transporte de pessoas e mercadorias.

“A redução no nível de desempenho funcional das rodovias está intimamente relacionada com o estado de degradação no pavimento, bem como na sinalização deficiente ou devido a traçados e condições de projeto de tornam o tráfego mais lento ou perigoso. Tanto a lentidão no tráfego, quanto a insegurança viária causada por problemas na infraestrutura rodoviária, aumentam de forma importante o custo operacional, como consumo de combustíveis, pneus, amortecedores, como também elevam os registros de ocorrências de acidentes com perdas materiais e perdas de vidas que representam prejuízo socioeconômico importante”, relata o professor do curso de Engenharia Civil e Técnico de Estradas, Alexandre Pereira.

A RN-233 é uma dessas rodovias que tem parte dos trechos classificados como ruins e servem como desvio do trecho atualmente interditado da BR-304. O relatório aponta que parte da rodovia é classificada como ótimo, com 42km, no entanto, outros 63km são classificados como regulares, ruins ou péssimos, o que tem gerado transtornos para os munícipes de Apodi e região, segundo o prefeito Alan Silveira (MDB).

“Temos a RN-233 que vem de Caraúbas, passa por Apodi e segue para o Distrito Soledade e desce para o Ceará. Para Caraúbas, ela não está ruim, o Governo fez um tapa buraco ano passado. Já a RN-233 que pega do município no sentido Soledade, onde tem o Lajedo, é só buraco, praticamente intransitável, sem manutenção e mato tomando de conta. Isso acarreta em prejuízos, com geração de emprego e renda. É na chapada onde ficam as empresas de fruticultura irrigada e todas elas utilizam essa RN. E também a problemática do transporte do palalelo, do cal, que saem de Soledade e o turismo, pois temos o Lajedo com o museu e com isso fica prejudicado”, cita.

Outras estradas que têm sido afetadas com a intensidade do fluxo em virtude das obras na BR-304 são a RN-118 e RN-401, que interligam uma série de cidades. No caso do desvio, Macau é um dos municípios que tem sido afetados.

“Esse desvio está dificultando até mesmo porque os caminhões que fazem esse trajeto RN, Paraíba e Ceará mudaram a rota e entram pela estrada do óleo e saindo na BR. Isso afeta o fluxo dos veículos e as estradas que não estão em boas condições. Isso só dificulta o trajeto dos moradores e comerciantes”, aponta o secretário de Turismo de Macau, Rodrigo Menezes.

Malha
Sobre o fato do RN não conseguir recuperar toda a malha viária estadual, o professor Alexandre Pereira cita que, além da insuficiência de aportes financeiros para fazer frente às necessidades de investimentos na manutenção ou melhoria da malha rodoviária estadual, há falta de recomposição no corpo técnico do DER e Secretaria de Infraestrutura (SIN).

“Como é realizada a contratação de projetos e como os mesmos são fiscalizados, se faltam servidores para atuarem nessa área? Constata-se que além da falta de prioridade na alocação de recursos financeiros para o setor de infraestrutura, falta principalmente o preparo institucional para lidar com esses importantíssimos projetos, sob pena, inclusive, de mal uso desses escassos e valiosos recursos financeiros”, finaliza.

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE buscou contato com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER-RN) e com a Secretaria de Infraestrutura (SIN) para repercutir o tema, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. No caso da SIN, o titular da pasta, Gustavo Coelho, está afastado por questões médicas.

Os três editais para recuperação das estradas já estão na praça e foram lançados entre o final de fevereiro e o começo de março deste ano. Uma das licitações já foi finalizada com vencedor homologado e as outras duas estão em trâmite no Governo do Estado. Os 700 km custarão cerca de R$ 400 milhões ao Governo, investimento advindo da assinatura do acordo do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF).

Desvio deve ficar pronto em 20 dias

A situação difícil das rodovias potiguares ficou ainda pior com a interdição de um trecho da BR-304, após o colapso de uma ponte, causado pelas fortes chuvas. O DNIT prometeu constuir um desvio até abril. O desvio no km 203,5 da BR-304 contudo só deverá ficar pronto até a primeira quinzena de maio, segundo estimativa do órgão.

A obra está 50% executada e atualmente está sendo instalada a tubulação do bueiro que vai garantir o fluxo do riacho Bom Fim. A conclusão dos serviços está condicionada a condições climáticas favoráveis, uma vez que o excesso de chuva dificulta a colocação de material do pavimento no local.

Quando finalizado, o desvio terá 500 metros de extensão, 10,5 metros de largura (incluindo dois acostamentos de 1,5 metro cada) em pavimento de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ). A camada de CBUQ terá sete centímetros de espessura, garantindo aos usuários mais segurança ao trafegar e, possibilitando, inclusive, a passagem de veículos pesados.

O Dnit diz ainda que a pista provisória será aproveitada futuramente como parte do canteiro de obras para a execução da nova ponte. A travessia a ser construída vai substituir a estrutura que colapsou no final de março em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região.

O anteprojeto para contratação emergencial de empresa que vai construir a nova ponte está em análise pela equipe técnica da autarquia. Após a aprovação do anteprojeto, será dado início ao processo de contratação de empresa especializada para a obra.

Números

1.243
quilômetros. É a soma dos trechos ruins e péssimos nas RNs, segundo relatório do DER

700
quilômetros. É o total a ser recuperado pelo governo do estado

Tribuna do Norte

Postado em 28 de abril de 2024

ABC demite o técnico Marcelo Cabo após derrota para o Náutico

Técnico foi demitido após derrota para o Náutico/ Foto: Gabriel Leite

O ABC demitiu o técnico Marcelo Cabo após a derrota por 3 a 0 contra o Náutico, na tarde deste último sábado (27), no Frasqueirão.

Segundo o clube, depois do jogo, a diretoria se reuniu com o treinador Marcelo Cabo e, em comum acordo, acertaram a saída do treinador.

Também deixa o clube o auxiliar técnico Gabriel Cabo, filho de Marcelo Cabo.

“O ABC Futebol Clube agradece ao profissionais pelos serviços prestados e deseja sucesso para a sequência de suas carreiras”, falou em nota.

Tribuna do Norte

Postado em 28 de abril de 2024

65 Anos da Barragem Marechal Dutra, conhecido como o Gargalheiras: Uma Jornada de Resiliência e Importância para o Rio Grande do Norte

Foto: Jobel Araujo ( Jobel Drone)

Hoje, dia 27 de abril, celebramos os 65 anos desde a construção do Barragem Marechal Dutra, carinhosamente conhecido como Gargalheiras, um monumento da engenharia e um pilar vital para o Rio Grande do Norte. Esta data histórica não apenas marca o aniversário dessa importante obra, mas também destaca sua jornada marcada pela resiliência e pela inegável importância para toda a região.

Localizado no município de Acari, a Barragem Gargalheiras é muito mais do que uma simples estrutura de armazenamento de água. Desde sua inauguração em 1959, ele tem sido o coração pulsante do suprimento hídrico para comunidades locais, garantindo não só água potável para consumo humano, mas também viabilizando atividades agrícolas e industriais que impulsionam a economia da região.

Contudo, a história das Gargalheiras é uma narrativa de desafios enfrentados com determinação. Ao longo dos anos, períodos de estiagem severa testaram a capacidade do reservatório, trazendo à tona a necessidade urgente de uma gestão hídrica eficiente e de medidas de conservação ambiental. Em meio a essas dificuldades, a comunidade uniu-se em esforços conjuntos, demonstrando sua resiliência e compromisso com a preservação desse recurso vital.

Além de seu papel fundamental na garantia do abastecimento de água, o Gargalheiras também desempenham um importante papel no turismo e na preservação ambiental da região. Seus cenários pitorescos e a rica biodiversidade que a cerca atraem visitantes de todo o país, contribuindo para o desenvolvimento econômico e cultural local.

Enquanto celebramos os 65 anos do Gargalheiras, é crucial reconhecer não apenas seu legado como uma obra de engenharia, mas também seu valor como um símbolo de resiliência e cooperação. Que esta data nos inspire a continuar trabalhando juntos para proteger e preservar esse patrimônio natural, garantindo sua prosperidade para as gerações futuras. O Gargalheiras, com sua beleza e importância, permanecem como uma fonte inesgotável de inspiração para todos nós, residentes do Rio Grande do Norte. E neste ano de 2024 depois de 13 anos sem transbordar o Gargalheiras ressurgi das cinzas e volta mais uma vez a trazer a alegria do povo do Seridó e do Riogrande do Norte.

Postado em 27 de abril de 2024

Conselho Municipal de Defesa e Proteção Animal lidera protesto contra maus tratos aos animais


Na Manhã deste sábado, dia 27 de abril, o Conselho Municipal de Defesa e Proteção Animal organizou um apitaço em prol da conscientização sobre os maus tratos aos animais. O evento, que contou com a participação de ativistas, membros da comunidade , e também contou com o grupo de jovens desbravadores da Igreja Adventista.. Teve como objetivo principal chamar a atenção da sociedade para a importância de proteger os direitos dos animais.
Durante o apitaço, que ocorreu pela manhã, os participantes levantaram cartazes e entoaram palavras de ordem em defesa dos animais. Além disso, foram distribuídos panfletos informativos destacando a necessidade de denunciar casos de abuso e negligência contra os animais.
Representantes do Conselho Municipal enfatizaram a urgência de se adotarem medidas mais eficazes para punir os responsáveis pelos maus tratos e para promover a educação e conscientização da população sobre o respeito aos animais.
O evento foi marcado por um clima de união e determinação, evidenciando o compromisso da comunidade em lutar pelos direitos dos animais e garantir-lhes uma vida digna e livre de sofrimento.
Postado em 27 de abril de 2024

Serra de São Bento realiza pré-lançamento da 13ª edição do Festival de Inverno durante evento de turismo em Natal

Solenidade ocorreu nesta última sexta-feira (26), no estande do município em exposição na FEMPTUR

Foi dada a confirmação e a largada para a realização do 13º Festival de Inverno de Serra de São Bento/RN, marcado de 02 a 04 de agosto. A solenidade aconteceu nessa sexta-feira (26), no estande do município que está em exposição no Centro de Convenções de Natal, na Feira dos Municípios e Produtos Turísticos do RN – FEMPTUR.

O pré-lançamento deste importante evento para o calendário municipal, foi realizado diante dos visitantes da Feira e convidados, sob a presença da prefeita Wanessa Morais; do secretário de Turismo, Diel Figueiredo e dos colaboradores do estande. “A Femptur é isso, um impacto positivo para o turismo do RN. Serra de São Bento já está junto há anos, investindo na divulgação do nosso turismo, da nossa amada Serra e temos tido bons resultados. Hoje vemos na cidade, um aumento significativo na oferta de hotéis, pousadas, comércios e restaurantes. Portanto, nada melhor do que fazermos o anúncio, aqui, da confirmação da 13ª edição do Festival de Inverno, que já tem data marcada, de 02 a 04 de agosto. O público pode esperar uma grande edição”, anuncia a Prefeita de Serra de São Bento, Wanessa Morais.

O secretário de turismo do município, Diel Figueiredo, fala sobre as expectativas para a edição. “Estamos cheios de novidades, querendo, cada vez mais, promover uma programação com grandes nomes da música nacional, além de que, pretendemos fazer um resgate da primeira edição do Festival, fortalecendo os pilares culturais, econômicos, gastronômicos e musicais que deram o start inicial a tudo isso que hoje é o Festival de Inverno de Serra de São Bento. Em breve faremos o lançamento oficial com toda a programação, mas, já adianto que a edição promete boas surpresas”, comenta o secretário.

Na Femptur, o espaço de Serra de São Bento apresenta ao público as potências e as novidades sobre o destino potiguar mais cobiçado no que se refere ao clima serrano. O município é detentor de uma bela paisagem de serra que transporta o turista para um lugar cheio de charme e aconchego. Para os aventureiros, tem também as famosas trilhas. E, claro, digno de um excelente destino turístico, estão os restaurantes e boa oferta de hospedagem.

Postado em 27 de abril de 2024

Sem desoneração, setores correm risco de demitir 1 milhão de trabalhadores

Com a suspensão da desoneração da folha de pagamento, determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin na última quinta-feira (25), os 17 setores que mais empregam no país correm risco de demitir 1 milhão de trabalhadores.

A projeção é da UGT (União Geral dos Trabalhadores), que previa corte de 10% dos 9,7 milhões de funcionários desses segmentos, dos quais fazem parte as indústrias têxtil e de calçados (veja todos os setores na arte).

A medida, que seria válida até 2027, é adotada desde 2011 e substitui a contribuição previdenciária patronal de 20%, incidente sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Na prática, a desoneração reduz a carga tributária da contribuição previdenciária devida pelas empresas desses 17 setores, considerados os que mais empregam no país.

Postado em 27 de abril de 2024

Inmet alerta para chuvas intensas para todo o litoral do RN

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo potencial de chuva para os litorais norte e sul do Rio Grande do Norte. O aviso foi iniciado às 10h25 desta sexta-feira (26) e permanece válido até às 10h de sábado (27). A previsão é de chuvas com intensidade entre 20 e 30 mm/h, podendo chegar a 50 mm/dia.

Alerta amarelo, destaca um baixo risco de ocorrência de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

O Inmet divulgou orientações para a população diante dessas condições meteorológicas adversas. Recomenda-se evitar abrigar-se debaixo de árvores durante rajadas de vento, devido ao risco leve de queda e descargas elétricas. Além disso, os motoristas são aconselhados a não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Também é importante desligar aparelhos eletrônicos das tomadas durante o período de alerta.

Postado em 27 de abril de 2024

Após falhas em sistema, MEC prorroga prazo para as convocações da lista de espera do Fies

O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta sexta-feira (26) que prorrogou até 17 de maio o prazo para as convocações da lista de espera do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do primeiro semestre de 2024.

A decisão foi anunciada após reclamações de estudantes, que alegam que erros do Ministério da Educação (MEC) no processo seletivo estão atrapalhando a convocação de novos alunos na lista de espera.

Os estudantes — que disputam mais de 67 mil vagas para fechar contratos de empréstimo e pagar a graduação — relatam falhas técnicas, demora excessiva na fila de espera e outros problemas que, na visão deles, exigiriam uma ampliação do prazo de inscrições.

Em resumo, as queixas do estudantes são as seguintes:

O sistema eletrônico pelo qual os estudantes enviam os documentos na matrícula tem problemas técnicos desde o início do processo, atrasando todas as etapas seguintes;

As listas de espera não estão “rodando” no ritmo esperado, por isso, milhares de alunos que não foram aprovados na 1ª chamada aguardam a convocação;

A mesma pessoa está sendo aprovada em mais de uma opção de curso (algo vetado pelo edital do Fies);

O prazo final do Fies termina em 30 de abril e, mesmo com as falhas relatadas acima, a pasta afirma que “não vislumbra possibilidades de prorrogação”.


Além disso:

O edital do Fies 2024 foi publicado apenas em 7 de março, quase dois meses após a divulgação dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — em 2023, o documento saiu em 27 de janeiro, antes das notas da prova.

As inscrições do Fies terminaram em 18 de março, após algumas universidades já terem iniciado o ano letivo. Isso fez com que os aprovados, que ainda teriam todo o trâmite da pré-aprovação e da matrícula, perdessem as primeiras semanas de aula.

Abaixo, entenda os detalhes dos problemas:

Problema 1: sistema de entrega de documentos com falhas
Os alunos que foram pré-selecionados na 1ª chamada (divulgada em 28 de março) tinham de enviar, como é de praxe, uma série de documentos para a universidade. O sistema eletrônico usado pelas instituições de ensino, no entanto, apresentou problemas técnicos e atrasou esse processo.

Por isso, o MEC aumentou o prazo para a etapa de conferência de dados pessoais. Segundo relatos enviados à reportagem, mesmo assim, as falhas não foram corrigidas e continuam atrasando as matrículas.

“O sistema de acesso das faculdades oscilou muito, falhou e comprometeu os prazos. Foi uma correria gigante [desde o início]”, explica Rogério*, coordenador de bolsas e financiamento de uma instituição de ensino privada.

“É comum termos intercorrências no Fies, mas, neste ano, foram muitas mudanças [nas regras do programa] em pouco de espaço de tempo. É como trocar o pneu com o carro andando”, diz.

Problema 2: a lista de espera não está ‘rodando’
Acontece, então, um efeito cascata:

Quando um candidato que passou na 1ª chamada não efetiva a matrícula ou não entrega os documentos a tempo, a vaga é transferida para a lista de espera (todos os reprovados disputam essa segunda chance). Em geral, a lista “roda” várias vezes, e novos alunos vão sendo convocados. O período para essa “repescagem”, segundo o edital, vai de 28 de março a 30 de abril.

No entanto, jovens ouvidos pelo g1 afirmam que a lista de espera não está “rodando” como em anos anteriores. A primeira saiu em 28 de março, como era previsto, mas a segunda só foi divulgada em 18 de abril. Desde então, afirmam os estudantes, nenhum outro nome foi convocado.

Provavelmente, o que explica essa lentidão é justamente o problema no sistema de entrega dos documentos.

Forma-se um ciclo: os candidatos pré-selecionados não conseguem completar a matrícula -> o MEC prorroga o prazo para esses alunos entregarem os documentos –> as vagas ficam “represadas” e não são liberadas para as listas de espera.

g1

Postado em 27 de abril de 2024