Conversas obtidas pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), revelam como eram feitas as solicitações de saques em dinheiro e pagamentos de despesas da então primeira-dama Michelle Bolsonaro e parentes. Segundo apuração do UOL, Michelle era sempre referida como “dama” ou pela sigla “PD” nas conversas.

As mensagens eram enviadas a Cid por duas assessoras da ex-primeira-dama, Cintia Nogueira e Giselle Carneiro. As assessoras eram responsáveis por fornecer informações de contas para a realização de depósitos em nome de terceiros. Elas também transmitiam solicitações de Michelle para saques em dinheiro e pedidos de depósitos em espécie para a conta dela. Segundo a defesa da ex-primeira-dama, esses recursos eram provenientes da conta pessoal de Bolsonaro.

Uma análise inicial das conversas apontou um conjunto de 13 comprovantes de depósitos em dinheiro vivo feitos por Mauro Cid na conta de Michelle Bolsonaro, totalizando um montante de R$ 21.500, entre março e agosto de 2021. Também foram identificadas 10 solicitações de saques em dinheiro vivo, entre março e outubro de 2021, que somaram aproximadamente R$ 5.600. A investigação busca, no momento, identificar possíveis transações ocorridas entre 2019 e 2022, abrangendo todo o período da gestão Bolsonaro.

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