Endividamento compromete saúde do corpo e da mente

Pesquisa mostra que a inadimplência gera impactos negativos na saúde, nas emoções e nos relacionamentos dos brasileiros. Foto: Magnus Nascimento

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), realizada em parceria com a Offerwise Pesquisas, revelou um cenário em que a saúde física e mental também são afetadas com o atraso no pagamento de contas. A pesquisa da CNDL e do SPC Brasil evidenciou que a inadimplência gera impactos na saúde, nas emoções e nos relacionamentos. De forma geral, o estudo revela que 82% dos entrevistados admitiram sofrer efeitos do endividamento além dos impactos financeiros. As mulheres foram as mais prejudicadas em quase todos os indicadores de emoções.

Dos entrevistados, 97% dos entrevistados admitiram sofrer efeitos negativos após inadimplência acima de 3 meses: 84% ficaram preocupados, 74% sentiram-se ansiosos, 65% estressados ou irritados, 64% angustiados e 64% envergonhados.
No estudo, 66% dos pesquisados afirmaram ter um nível de preocupação alto ou muito alto frente às dívidas em atraso há mais de 3 meses; 19%, um nível médio; e 12% estavam pouco ou muito pouco preocupados. Dois terços relataram alterações no sono, 60% menos vontade de sair e socializar, e 51% tiveram alterações no apetite.

Números
No Rio Grande do Norte, conforme dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o número de inadimplentes aumentou 1,75% em maio de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior, e o cenário é de alerta. A análise por faixa etária revela que a maioria dos devedores potiguares se encontra na faixa dos 30 a 39 anos, representando 25,38% do total. Em termos de gênero, o levantamento mostra que as mulheres constituem 52,43% dos inadimplentes, enquanto os homens correspondem a 47,57%.

O valor médio das dívidas por consumidor no Estado é de R$ 4.370,05, mas com uma significativa parcela (44,98%) das dívidas sendo de até R$ 1 mil. Já o tempo médio de atraso nas contas é de 27,5 meses, destacando que 42,31% dos devedores estão inadimplentes entre um a três anos.

Tribuna do Norte

Postado em 25 de julho de 2024