Caso Zaira: Após 4 anos, PM acusado de estuprar e matar universitário no carnaval de Caicó ainda não foi julgado
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Foto: Reprodução/Redes Sociais
Era 2 de março de 2019, sábado de carnaval em Caicó, quando a estudante Zaira Cruz, de 21 anos, foi morta pelo então namorado. Hoje, quatro anos após o crime, o policial militar Pedro Inácio Araújo de Maria, acusado pela morte, segue preso, mas ainda não foi julgado.
A demora no andamento do caso gera angústia e aflição para Ozanete Dantas, mãe da universitária. “É como se o caixão da minha filha estivesse aberto, como se a minha vida não andasse, porque esse círculo não se fecha. Eu foco no meu trabalho para poder continuar. Sofro todos os dias, passo noites em claro. Fora a ausência, a saudade, a vontade de vê-la, abraçá-la, beijá-la. É muito doloroso”, disse.
Quatro anos depois, a mãe de Zaira ainda busca por justiça. “Minha filha foi estuprada, estrangulada e assassinada. Estou aqui, de novo, clamando por justiça, pedindo para que as autoridades olhem com carinho, com coração de uma mãe que vem lutando há quatro anos por justiça”, afirmou.
A defesa da família da universidade busca o curso do processo. “A defesa do acusado fez a opção por interpor absulamente todos esses recursos. Qual o objetivo? Só existe um, que é postergar o julgamento, distanciar o fato do seu julgamento”, avaliou a advogada Kalina Leite.
“Do ponto de vista processual, nós temos um longo intervalo de tempo, de muita dor e de muito trabalho. As pessoas se queixam porque passado esse tempo, nós não temos todo um julgamento, uma sentença penal?”, questionou.
Ao PORTAL DA TROPICAL, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) informou que o processo está tramitando em segredo de justiça.
Zaira Cruz completaria 26 anos no próximo dia 11. Ela estudava engenharia química e já estaria formada no curso dos sonhos, caso não tivesse tido a vida ceifada.
À época, o laudo da morte foi divulgado com vivido pela TV Tropical. A análise confirmou que ela sofreu estupro, estrangulamento e assassinato. O suspeito só foi preso após a revelação feita pela reportagem.